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Exposição inicia celebração pelo Dia Nacional de Luta da População em Situação de Rua


Para iniciar as comemorações pelo Dia Nacional de Luta da População em Situação de Rua, celebrado em 19 de agosto, a Prefeitura de Belo Horizonte realiza a exposição “Contos e Encantos de Rua: Poemas e Retratos”, a partir desta quarta-feira (6) no Creas Norte (Rua Pastor Muryllo Cassete, 20, Bairro São Bernardo) das 9h às 18h. A exposição apresenta, de forma poética, as vozes das ruas, que contam histórias de resistência e transformação.

Realizado pela Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos (SMASDH), o evento reúne produções artísticas de pessoas em situação de rua acompanhadas pelo Serviço Especializado em Abordagem Social (Seas) Norte, que compõe a oferta do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas). Apesar das adversidades das ruas, os usuários desse serviço encontram na arte um canal de expressão, memória e resistência.

Autorretratos, poesias, pinturas, esculturas e uma instalação audiovisual foram produzidos por meio do trabalho da Arte-Educação. A exposição tem a curadoria de Flavis Oureles e supervisão de Arte-Educação de Mary Astruss, que compõem a equipe do Seas.

Entre as obras expostas estão o “Auto-Retrato na Rua”, composto por pinturas coletivas sobre papel em estrutura com guarda-chuvas realizadas por usuários da Regional Norte a partir de referências como Frida Kahlo e Van Gogh; os poemas de Eudes, do Bairro São Gabriel, que reúnem arte, registro, testemunho e resistência em papel A4; as pinturas, esculturas e desenhos de Carlos, reunidas da parte “O Corpo em Espera”.

O evento vai contar, ainda, com a exposição de cinco desenhos a lápis do artista Luiz Fernando de Paula (Japa), com temas que transitam entre espécies japonesas e paisagens subjetivas. Luiz Fernando também realizará desenhos ao vivo durante o evento.

O acervo inclui a instalação audiovisual “Histórias de Maloca”, realizada pelo arte-educador Flavis, que apresenta relatos reais de pessoas em situação de rua, revelando seus afetos, suas dores e percepções sobre o mundo. “Mais do que um registro documental, a instalação é um convite para que o público possa olhar e ouvir com mais empatia as realidades muitas vezes invisibilizadas da rua”, explica Flavis.

Arte-Educação

Curador da exposição e arte-educador, Flavis Oureles explica a importância da Arte-Educação para a população em situação de rua, complementando o trabalho dos serviços socioassistenciais. “É por meio da arte que conseguimos abrir diálogo, estabelecer vínculos afetivos e gerar pertencimento social. Quando nos referimos à população em situação de rua como ´invisibilizada`, tratamos de um processo sistemático de negação de humanidade, cidadania e subjetividade. A arte revela e amplia o campo do humano. Ela devolve ao sujeito o direito à expressão, à autoria e complexidade, e convida a sociedade a enxergar, não apenas ver”, destaca. 
 



Prefeitura de Belo Horizonte

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