Núcleos de estudos ampliam debate sobre inclusão dentro de escolas

Nesta terça-feira (30), a Escola Municipal Tristão Cunha, no Bairro Planalto, região Norte, recebe o encontro do Núcleo de Estudos e Educação para as Relações Étnico Raciais (Nerer), de 8h às 11h e de 14h às 17h. A proposta da Secretaria Municipal de Educação (Smed), por meio da Diretoria de Políticas Afirmativas (Dipaf), é potencializar ações que reforcem a superação da desigualdade e consolidem uma educação mais inclusiva todas as regionais de Belo Horizonte.
Os encontros foram realizados em várias partes da cidade desde 23 de setembro para fortalecer o papel dos Núcleos de Estudo a partir de três frentes de atuação interdependentes e complementares. A primeira engloba o enfrentamento ao racismo no espaço escolar, que envolve a identificação de situações de discriminação, a comunicação adequada dos casos e a mediação pedagógica em articulação com a gestão, reconhecendo que a responsabilidade da resolução é sempre da equipe gestora.
A segunda frente refere-se à promoção da equidade educacional, que demanda identificar as situações de desigualdade, o acompanhamento de indicadores fundamentais e a atenção constante a contextos que possam reproduzir práticas discriminatórias, assegurando a todos os estudantes igualdade de oportunidades. A terceira diz respeito à comunicação e aos repasses, compreendendo que a Representação Nerer deve exercer sua função, com um olhar atento e abrangente sobre o coletivo docente.
Os grupos debatem como abordar assuntos necessários de forma adequada para cada faixa etária, englobando da educação infantil à Educação de Jovens e Adultos (EJA). Os participantes dos encontros são representantes eleitos ou indicados pelos coletivos ou gestão de suas respectivas escolas, e todos ganham certificação de participação.
“O olhar atento contribui de forma significativa, seja indicando o uso de materiais de apoio, como o kit literário afro-brasileiro e indígena, ou propondo práticas pedagógicas mais inclusivas e afetivas. O objetivo central é retirar esses estudantes do lugar de invisibilidade e assegurar a eles o direito à aprendizagem”, destaca Rosane Pires Viana, diretora de Políticas Afirmativas da Smed.