Noticias

Fiscalização completa 127 anos com saldo de 64 mil vistorias somente neste ano


Belo Horizonte celebra neste mês os 127 anos de atuação dos servidores da Fiscalização de Controle Urbanístico e Ambiental, que ajudam a organizar e proteger a cidade. Atualmente são mais de 330 fiscais de Controle Urbanístico e Ambiental, apoiados por mais de 300 agentes no atendimento de 30 serviços disponíveis nos canais oficiais de atendimento ao cidadão (Portal de Serviços, PBH APP e telefone 156) para uma resposta mais ágil e próxima da população. Em 2024, foram realizadas cerca de 90 mil vistorias, enquanto em 2025, até setembro, já foram contabilizadas mais de 64 mil vistorias. 

A trajetória destes profissionais começa praticamente junto com a fundação da capital, em 1897, quando eram responsáveis por garantir que a BH planejada se desenvolvesse de forma ordenada e dentro das normas estabelecidas. Neste mês, a PBH inicia uma série de reportagens sobre a história e o trabalho da Fiscalização.

Criada em 1898, a Fiscalização Municipal surge junto com a primeira estrutura organizacional da Prefeitura e o 1º Código de Posturas, que definia regras para construções, comércio, ocupação do solo e comportamento em espaços públicos. Desde então, os fiscais acompanham a cidade, equilibrando desenvolvimento urbano, proteção ambiental e bem-estar da população.

Ainda em 1898, a inauguração da Estação Ferroviária de Minas marcou o crescimento da cidade e trouxe novos desafios, com os fiscais atuando no ordenamento do tráfego de pessoas e mercadorias. Pouco tempo depois, em 1900, o Mercado Municipal, que mais tarde se tornaria o Mercado Central, já contava com o trabalho da Fiscalização, garantindo organização e segurança no abastecimento popular.

Com o crescimento urbano, o trabalho evoluiu: em 1940, a publicação do 1º Código de Obras trouxe normas mais técnicas, reforçando o papel especializado dos servidores.

Na década de 1980, Belo Horizonte deu novos passos na preservação do meio ambiente. Em 1985, foi criada a Política Municipal de Proteção Ambiental, seguida, em 1986, pelo surgimento da Fiscalização Ambiental, incorporando a proteção de áreas verdes e a mediação de impactos ecológicos, equilibrando crescimento urbano e preservação da natureza.

Disque Sossego

No início dos anos 2000, a participação popular ganhou mais espaço com o Disque Sossego, criado em 2001, permitindo que os moradores colaborassem diretamente com a fiscalização. Em 2003, com a publicação do 2º Código de Posturas, a cidade modernizou as normas e cerca de 2 mil ambulantes foram transferidos para os shoppings populares, reorganizando o comércio informal e fortalecendo o ordenamento do espaço público.

Leis como a de Controle de Ruídos e Vibrações, de 2008, e programas como o Centro Vivo, de 2009, ampliaram a proteção da qualidade de vida, enquanto o Projeto de Despoluição Visual e a criação das Juntas de Recurso da Fiscalização, em 2010, trouxeram mais harmonia estética e transparência administrativa.

Integração

A partir de 2011, a Fiscalização passou por integração estrutural, com a criação da Subsecretaria de Fiscalização, vinculada à Secretaria Municipal de Política Urbana, tornando o trabalho mais eficiente e coordenado. Nos anos seguintes, ações estratégicas reorganizaram o comércio informal em regiões como o Hipercentro, Barreiro e Venda Nova, além de consolidar a reestruturação da Fiscalização Urbanística e Ambiental.

Em 2019, o novo Plano Diretor orientou o crescimento sustentável da cidade e em 2020 os fiscais atuaram na linha de frente do enfrentamento à pandemia de covid-19, garantindo o funcionamento seguro das atividades essenciais.

Modernização

Nos últimos anos, a Fiscalização tem se modernizado com foco na educação e na tecnologia. Em 2023, nasceu o Programa Fiscalizar e Educar, que prioriza orientação e diálogo com a população, e a Diretoria de Inovação Tecnológica da Fiscalização trouxe inteligência de dados e monitoramento digital. Em 2024, a interdição das operações minerárias na Serra do Curral destacou a importância da atuação dos fiscais na proteção ambiental de um patrimônio que é símbolo da cidade.

“Celebrar os 127 anos da Fiscalização em Belo Horizonte é reconhecer o compromisso de gerações de servidores que dedicaram suas vidas à manutenção de uma cidade organizada, sustentável e justa. Eles são guardiães da cidade e protagonistas de uma história que começou com BH e que continua sendo escrita, dia após dia, em cada vistoria realizada e cidadão atendido”, destaca o secretário municipal de Política Urbana, Leonardo de Castro.

 



Prefeitura de Belo Horizonte

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo