Abrigo da PBH para gestantes em vulnerabilidade social celebra 3 anos de funcionamento

A Unidade de Acolhimento para Gestantes e Puérperas em Situação de Rua completa três anos nesta quarta-feira (29). Com capacidade para acolher até 20 pessoas no Bairro Betânia, região Oeste, a unidade garante a gestantes, mães e bebês proteção social e acompanhamento médico. O equipamento previne o agravamento de violações de direitos e promove o fortalecimento da autonomia e da convivência familiar e comunitária.
A equipe possui mais de 20 trabalhadores, entre coordenação, cuidadores, assistente social e psicólogo. Gestantes, puérperas e crianças de até 6 anos, acompanhadas das mães, acessam o Abrigo por meio de encaminhamentos pelo Serviço Especializado em Abordagem Social (Seas) e Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro Pop), permanecendo no local por até 18 meses.
Durante a estadia, as usuárias são encaminhadas para o Cadastro Único (Cadúnico), o que possibilita o acesso a diversos benefícios e serviços como saúde e educação. Além disso, elas recebem orientações e encaminhamentos para oportunidades de trabalho. A gestão e execução dos serviços são em parceria com a Agência de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais Sudeste Brasileira (Adra).
Em 2023, 11 mulheres foram acolhidas, passando para 17, em 2024, e 19 em 2025, das quais nove estão abrigadas. Maria (nome fictício) permaneceu por cerca de seis meses na Unidade de Acolhimento após a suspeita de que sua filha mais velha sofrera abuso sexual praticado por terceiro, após ela ter outro filho. “Pedi ajuda para em um ambiente mais seguro após perceber mudanças de comportamento da minha filha durante o tempo em que estive internada”, afirma.
A equipe técnica da unidade ofereceu apoio psicossocial e orientação à Maria, além do auxílio para a matrícula escolar da filha, contribuindo para seu desenvolvimento e autonomia. Hoje, Maria tem uma moradia independente, produz e comercializa doces e bombons. “Me aproximei de meu pai, aprendi que todo mundo precisa de todo mundo. Amadureci emocionalmente e financeiramente. Consegui olhar mais para o futuro”, comemora.




