BH é selecionada pela Fiocruz e Ministério das Cidades para projeto de redução de riscos de desastres

Belo Horizonte acaba de ser selecionada, ao lado de outras 11 cidades brasileiras, para participar do Projeto de Desenvolvimento Urbano Integrado para Redução de Riscos de Desastres Geo-Hidrológicos (Projeto DUI – RRD Cidades). A iniciativa é promovida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em parceria com a Secretaria Nacional de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano, do Ministério das Cidades. Ao todo, 50 municípios se inscreveram no processo seletivo. Destes, 21 foram pré-selecionados, e a lista final com as 12 cidades participantes foi divulgada nesta quarta-feira (4).
O projeto tem como principal objetivo a elaboração de um manual de intervenções urbanas voltadas à redução de riscos de desastres geo-hidrológicos, como cheias, enxurradas, inundações e deslizamentos. A proposta busca fortalecer o planejamento urbano integrado por meio do desenvolvimento de metodologias, tecnologias e práticas inovadoras, aplicadas nos territórios participantes. Para a Coordenadora Especial de Mudanças Climáticas da Prefeitura de Belo Horizonte, Taíza de Pinho Barroso Lucas, a seleção representa uma oportunidade estratégica para aprimorar e ampliar as ações já em curso no município.
“Com a seleção nesse edital, vamos buscar o refinamento e a ampliação das estratégias existentes para reduzir os riscos de desastres em nossa cidade. Essa capacitação contribuirá diretamente para o fortalecimento do nosso planejamento urbano, a integração de políticas setoriais e a adoção de novas técnicas. Vamos compartilhar nossa experiência e, ao mesmo tempo, aprender com metodologias e tecnologias inovadoras que potencializam as ações de mitigação no município”, destaca a coordenadora.
Até o fim do ano, os municípios selecionados vão participar de oficinas e debates técnicos, com interação e troca de experiências com diferentes entidades, instituições de ensino superior e com a sociedade civil, além da possibilidade de estabelecer parcerias estratégicas sobre o tema. Depois, seis territórios pilotos terão aplicada a metodologia à sua realidade, a partir de 2026, com suporte técnico especializado adaptado aos contextos e desafios locais.
Oficina – A primeira oficina do grupo selecionado será realizada em Brasília (DF) já nos dias 25 e 26 deste mês, para a apresentação do grupo de atores que participarão da estrutura de governança do projeto. A oficina também pretende ser espaço de debate para consolidação dos princípios metodológicos orientadores do projeto.
Em Minas, além da capital mineira, foram selecionados os municípios de Contagem e Nova Lima. As demais cidades contempladas são Candeias e Simões Filho, na Bahia; Olinda (PE); Teresina (PI); Mangaratiba, Nova Friburgo, Paraíba do Sul e Petrópolis, no estado do Rio de Janeiro; e São Sebastião do Caí (RS).
A seleção levou em conta critérios como: disponibilidade de infraestrutura e capacidade técnica e operacional, avaliação de iniciativas já existentes, diagnóstico das áreas de risco geo-hidrológico, arranjos intersetoriais, organização de gestão participativa com a comunidade, propostas de intervenção baseadas nos princípios de resiliência urbana e sustentabilidade e capacidade para replicar a metodologia para outros contextos municipais.