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FLI BH celebra a força da palavra e homenageia a escritora Maria Antonieta Cunha


Após uma série de ações descentralizadas realizadas em territórios culturais da cidade, o Festival Literário Internacional de Belo Horizonte (FLI BH) chega à etapa final, desta quarta-feira (22) a domingo (26), na Funarte MG (Rua Januária, 68 – Floresta), reunindo autores, ilustradores e leitores em uma grande celebração da palavra e da diversidade linguística. Nesta 6ª edição, o festival presta homenagem à editora, educadora e escritora Maria Antonieta Cunha, referência nacional na literatura infantil, e traz como ilustradora convidada a premiada Aline Abreu.

Com uma agenda intensa de debates, espetáculos, oficinas e homenagens, o evento reafirma Belo Horizonte como uma das principais referências literárias do país. A programação completa do Festival pode ser consultada no Portal Belo Horizonte.

Realizado pela Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e da Fundação Municipal de Cultura (FMC), em parceria com o Instituto Periférico, a etapa final do FLI BH 2025 tem início às 18h30 desta quarta com cerimônia seguida da mesa “Uma vida dedicada aos livros, à literatura e aos leitores”, em homenagem à Maria Antonieta Antunes Cunha, fundadora da Biblioteca Pública Infantil e Juvenil de Belo Horizonte e integrante da Academia Mineira de Letras.

A homenagem reconhece a trajetória de décadas da professora, editora e gestora cultural que desde os anos 1970 impulsionou políticas públicas e projetos pioneiros de incentivo à leitura. Sua atuação consolidou Belo Horizonte como um polo nacional da literatura infantojuvenil e inspirou gerações de leitores, autores e mediadores de leitura. Maria Antonieta Antunes Cunha dedicou a carreira à valorização da estética e da ludicidade nos livros para crianças. Idealizou, em 1991, a Biblioteca Pública Infantil e Juvenil de Belo Horizonte (BPIJ BH), da qual foi a primeira diretora, e atuou como secretária municipal de Cultura e presidente da FMC.

O Festival contará ainda com a presença especial da ilustradora e escritora Aline Abreu (SP), convidada desta edição. Vencedora do Prêmio João-de-Barro em 2016 com o livro “Quase ninguém viu”, Aline é responsável pela ilustração oficial do festival e participa da mesa “Literatura infantil – modos de escrever e ilustrar”, ao lado de Nelson Cruz e Rubem Filho. Sua obra, reconhecida no Brasil e no exterior, traduz o olhar sensível e imaginativo da infância, presente em livros como “Tá chegando?” (Cia. das Letrinhas, 2023), “Grão de arroz” (Maralto, 2023) e “Frida” (Jujuba, 2025).

Outros nomes da literatura e da ilustração também marcam presença no Festival deste ano. Além de Ricardo Aleixo (Brasil), de diferentes países, como Fereshteh Najafi (Irã), Lino Eustáquio (Moçambique), Lina Meruane e Gabriela Mistral (Chile).

Diversidade linguística e literatura em diálogo

Inspirado no tema “Da minha língua eu vejo o mundo”, o FLI BH 2025 propõe uma reflexão sobre as muitas línguas e formas de expressão que constroem o Brasil – do português com seus sotaques às línguas indígenas, afro-brasileiras e de imigração. A programação reúne mesas de debate, saraus, contações de histórias, espetáculos, oficinas, performances de ilustração, feira de livros e mostra de cinema, com participação de artistas de diferentes gerações e origens.

Uma das novidades é a parceria com a Mostra do Livro Latino-Americano (Molla), que estreia em Belo Horizonte e traz autoras como Lina Meruane, Sara Rojo e Clarice Filgueiras, ampliando o diálogo entre a produção brasileira e a latino-americana. Também integra a programação o VI Fórum de Bibliotecas Escolares – Biblioteca da Escola: lugar de ler e aprender, que vai propor diálogos entre a literatura, a educação e a formação de leitores.

Entre as atrações voltadas à infância, o FLI BH dedica parte de sua agenda à primeira infância, com espetáculos, oficinas e mesas que tratam dos direitos da criança e da importância da literatura nos primeiros anos de vida. Destaques para a mesa “A cultura da infância: a ainda necessária construção dos direitos de ser criança no Brasil”, com participação de Miguel G. Arroyo e Mônica Correia Baptista.

Ainda voltada às crianças, tem a Mostra Siricoté 15 anos do Grupo Serelepe, que apresenta um espetáculo cênico-musical com canções e brincadeiras, em celebração ao aniversário da trupe. Outra atração é “Mil e uma estrelas”, da Cia. Pé de Moleque, espetáculo livremente inspirado na obra homônima da escritora e ilustradora Marilda Castanha que leva em conta a imaginação e a participação autoral das crianças.

Outra atração de destaque do FLI BH 2025 é a exposição “Da minha língua eu vejo o mundo”, que explora a diversidade linguística do Brasil, do português com seus sotaques e gírias às línguas indígenas, afro-brasileiras e de imigração. Com curadoria de Carolina Fedatto e ilustrações de Maria Chiodi, vencedora do Prêmio João de Barro, a mostra propõe refletir sobre a língua como história, identidade e arte. A mostra pode ser visitada durante todo o período do festival, na Funarte MG.

Serviço
FLI BH – Festival Literário Internacional de Belo Horizonte 2025

Data: quarta-feira (22) a domingo (26)
Local: Funarte MG (Rua Januária, 68 – Floresta)
Entrada gratuita
Programação completa: www.portalbelohorizonte.com.br/fli



Prefeitura de Belo Horizonte

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