PBH dá sequência à recuperação das calçadas de pedras portuguesas no hipercentro

A Prefeitura dá sequência às intervenções em calçadas da área central da cidade para recuperar os mosaicos originais em pedras portuguesas. Operários da Subsecretaria de Zeladoria Urbana (Suzurb) estão, atualmente, no entorno da Praça Sete, coração da capital, recuperando os mosaicos de forma quase artesanal, já que as calçadas em pedra portuguesa do hipercentro são tombadas pelo Patrimônio Cultural do Município de Belo Horizonte.
“Já fizemos a revitalização na Avenida Afonso Pena, do Café Nice ao MC Donald’s, na Avenida Amazonas, da academia Smart Fit até a esquina com a Rua Espírito Santo, e atualmente estamos revitalizando as calçadas na Avenida Afonso Pena, no trecho do Banco do Brasil até a esquina com Rua Espírito Santo”, explica a engenheira da Suzurb, Marilusa Diniz.
As intervenções da PBH na Praça Sete e de outros locais do hipercentro fazem parte de um contrato de revitalização de calçadas, obras que são vistoriadas. “Verificada a necessidade, delimitamos para as empresas que vão executar as obras as áreas de intervenção”, destaca a engenheira.
Memória preservada
De acordo com o Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município de Belo Horizonte (CDPCM-BH), o Projeto de Padronização de Calçadas da Área Central busca preservar a memória da cidade por meio da recuperação dos mosaicos originais em pedras portuguesas. Todas as calçadas portuguesas localizadas dentro do perímetro da Avenida do Contorno são protegidas e devem ser preservadas, conforme estabelecido pelo CDPCM-BH.
Algumas são bem antigas, das décadas de 1920 e 1930, como as da Avenida Afonso Pena, Avenida Santos Dumont, Rua Goiás, Avenida João Pinheiro, Praça Raul Soares, Avenida Álvares Cabral (do Automóvel Clube até a Praça Afonso Arinos), Rua da Bahia, Praça Rui Barbosa, quarteirão da Escola Estadual Pedro II, quarteirão do Parque Municipal, Avenida Assis Chateaubriand, quarteirão formado pelas avenidas Carandaí, Afonso Pena e Rua Pernambuco, Avenida Amazonas (entre a Praça da Estação e a Rua Espírito Santo) e Edifício Panorama (Afonso Pena, esquina com Rua Cláudio Manoel).
Também destacam-se as calçadas do entorno da Rodoviária, entorno do Minascentro e Bairro Belvedere (todas de Burle Marx); Rua Antônio de Albuquerque, entre as ruas Levindo Lopes e Sergipe; Rua Levindo Lopes, entre a Antônio de Albuquerque e Fernandes Tourinho (Burle Marx); Assembleia Legislativa de Minas Gerais (quarteirão do prédio tombado da ALMG) e as lajes de pedra da época da fundação da cidade.
No Portal da PBH estão todos os padrões para a área Central definidos pelo CDPCM-BH, que devem ser seguidos na elaboração de qualquer projeto de intervenção em passeios feita pelo poder público ou por particulares. As informações podem ser acessadas pelos links:
https://prefeitura.pbh.gov.br/politica-urbana/informacoes/passeios
https://prefeitura.pbh.gov.br/politica-urbana/informacoes/passeios/area-central