A Prefeitura de Belo Horizonte deu o primeiro passo para a concretização do Cinturão Verde Metropolitano, anunciado na Semana do Meio Ambiente, em junho. O secretário municipal de Meio Ambiente, João Paulo Menna Barreto, assinou acordo de cooperação com o Instituto Espinhaço – Biodiversidade, Cultura e Desenvolvimento Socioambiental, que vai apontar ações a serem implementadas pela PBH pra viabilizar a criação do corredor.
O acordo de cooperação com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA) não prevê transferência de recursos públicos para o Instituto Espinhaço. A proposta do Cinturão Verde Metropolitano é criar um conjunto de ações articuladas, combinadas entre todos os municípios da região metropolitana, para que seja alcançado um efeito mais amplo das políticas ambientais. Ao invés de cada município agir individualmente, serão adotadas ações combinadas para gerar um resultado mais abrangente.
Dentre as ações a serem desenvolvidas em conjunto estão o desenvolvimento de estratégias de mobilização e maior engajamento do setor privado na agenda ASG (Ambiental, Social e Governança). Para isso, serão desenvolvidas ações para o fomento de políticas corporativas sustentáveis como: a elaboração de relatórios de sustentabilidade, realização de inventários de emissões, políticas de redução e neutralização de emissões, adoção de espaços verdes e comunitários, economia circular, dentre outras.
O objetivo é integrar a capital e a região metropolitana em agendas internacionais de alto impacto por meio de ações que busquem soluções baseadas na natureza, resiliência territorial, mitigação e adaptação às alterações climáticas, gestão cultural integrada de territórios e segurança hídrica.
“Esse acordo de cooperação é o primeiro passo para a internacionalização das ações coordenadas da Prefeitura de Belo Horizonte e todas as prefeituras da região metropolitana. Isso é muito importante, pois para as questões ambientais e climáticas darem certo a gente precisa agir local, mas pensar global. E o Instituto Espinhaço vai ser o veículo que nos conduzirá nesse caminho onde os horizontes serão ampliados”, ressalta o secretário João Paulo Menna Barreto.
O acordo de cooperação prevê a realização de eventos, reuniões e oficinas para integrar no processo de planejamento e execução das políticas públicas municipais os temas, indicadores e estratégias com o objetivo de fortalecer o protagonismo nacional e internacional de Belo Horizonte em agendas ambientais. O trabalho em conjunto da PBH e instituto pretende identificar e mobilizar organizações da sociedade civil e do setor privado para o planejamento, o financiamento e a execução de projetos e ações que viabilizem avanços socioambientais.
A implementação do Cinturão Verde Metropolitano foi definida como a estratégia que contará com o apoio do Instituto Espinhaço para a estruturação e a execução de ações relacionadas aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), plano global adotado pelas Nações Unidas em 2015 para alcançar um futuro mais sustentável para todos até 2030. O instituto é uma organização da sociedade civil sem fins lucrativos presente em mais de 200 municípios no estado de Minas Gerais, com atuação em 13 estados no Brasil e presença em 15 países, referência brasileira para a agenda de resiliência territorial e atuará na mobilização do setor público e privado, assim como da sociedade civil para que os setores trabalhem em conjunto.
