Coloproctologia

Tratamento Cirúrgico para Incontinência Fecal – Dra. Lucia de Oliveira – Coloproctologista – Clínica de Coloproctologia


A incontinência fecal é uma condição delicada e debilitante que afeta a qualidade de vida de milhares de pessoas. Caracterizada pela perda involuntária de fezes, essa disfunção pode ter diversas causas, como traumas obstétricos, cirurgias anorretais prévias, doenças neurológicas, diabetes e doenças congênitas. Felizmente, a esfincteroplastia anal surge como uma solução eficaz em muitos casos, principalmente quando a causa foi o trauma aos músculos do esfincter anal.

O que é a esfincteroplastia anal?

A esfincteroplastia anal é uma cirurgia reconstrutiva que visa reparar o músculo esfíncter anal, responsável pelo controle voluntário da evacuação. Segundo a Dra. Lucia de Oliveira, coloproctologista e doutora pela USP, a técnica é indicada principalmente em casos onde há falhas anatômicas detectáveis, como lesões obstétricas, corpo perineal muito fino ou lesões maiores que 90 graus identificadas no exame físico ou ultrassonografia.

Essa abordagem permite a sobreposição do músculo esfíncteriano, corrigindo a disfunção e proporcionando uma melhora significativa no controle fecal.


Principais causas de incontinência fecal

Antes de entender como a esfincteroplastia funciona, é importante compreender as causas mais comuns da incontinência fecal:

    1. Traumas obstétricos: Lesões durante o parto vaginal, especialmente em partos difíceis ou com o uso de fórceps.
    2. Cirurgias anteriores: Procedimentos no ânus ou reto podem lesionar o esfincter anal
  • Doenças neurológicas: doença de Parkinson, acidentes vasculares, neuropatias
  1. Condições médicas: Doenças inflamatórias intestinais, diabetes, obesidade

 Essas condições podem gerar danos físicos ao esfíncter ou prejudicar sua função nervosa, causando a perda de controle.

 

Quando a esfincteroplastia é indicada?

A decisão de realizar a esfincteroplastia é tomada com base em uma avaliação criteriosa. Conforme explica a Dra. Lucia de Oliveira, as principais indicações incluem:

  • Lesões esfincterianas bem definidas: Identificadas em exames como ultrassonografia endoanal.
  • Corpo perineal fino: Pacientes que apresentam pouca sustentação anatômica na região do períneo pela lesão dos músculos
  • Lesões obstétricas: Cicatrizes ou falhas musculares decorrentes de partos complicados.

Esses critérios garantem que o paciente se beneficie ao máximo da técnica, aumentando as chances de sucesso.

Como a esfincteroplastia é realizada?

A esfincteroplastia é um procedimento relativamente simples do ponto de vista técnico, mas exige precisão e cuidado no manejo do paciente. O objetivo é restaurar a anatomia do corpo perineal, melhorando assim a capacidade dos musculos de se contrairem e manter o canal anal fechado.

Etapas principais da cirurgia

  1. Preparação do paciente
    • Administração de antibióticos profiláticos para prevenir infecções.
    • Cuidados pré-operatórios para evitar impactação fecal, como jejum adequado e limpeza intestinal.
  2. Reparo do esfíncter anal
    • Identificação da área lesionada.
    • Sobreposição dos músculos esfincterianos com o uso de fio monofilamentar absorvível do tipo PDS.
  3. Cuidados com a ferida cirúrgica
    • A ferida é deixada aberta na porção central para facilitar a drenagem, reduzindo o risco de complicações como abscessos.

      4.Cuidados pós-operatórios:

                 . limpeza da ferida com lavagens e ducha
                . laxantes para evitar a constipação

 

Benefícios da esfincteroplastia anal

A esfincteroplastia oferece uma série de vantagens para pacientes com incontinência fecal, entre elas:

  • Melhora no controle fecal: A cirurgia reconstroi o músculo esfíncter, permitindo maior controle.
  • Impacto positivo na qualidade de vida: Pacientes recuperam confiança e liberdade para realizar atividades cotidianas.
  • Procedimento seguro: Com os cuidados adequados, as complicações são mínimas.

Como afirma a Dra. Lucia de Oliveira, “a esfincteroplastia é uma técnica eficaz, quando bem indicada, que pode transformar a vida dos pacientes com incontinência fecal.”

 

Quais são os riscos e limitações?

Apesar dos benefícios, como em qualquer procedimento cirúrgico, a esfincteroplastia tem riscos e limitações. Alguns possíveis contratempos incluem:

  • Infecções: Por isso, o uso de antibióticos profiláticos é indispensável.
  • Recidiva: Em alguns casos, a incontinência pode retornar após anos devido a fatores como envelhecimento.
  • Complicações na cicatrização: Cuidados pós-operatórios são cruciais para evitar problemas na ferida cirúrgica.

Embora as taxas de sucesso sejam elevadas, é importante que os pacientes tenham expectativas realistas e sejam informados sobre possíveis resultados.

A incontinência fecal é uma condição delicada e debilitante que afeta a qualidade de vida de milhares de pessoas. Caracterizada pela perda involuntária de fezes, essa disfunção pode ter diversas causas, como traumas obstétricos, cirurgias anorretais prévias, doenças neurológicas, diabetes e doenças congênitas. Felizmente, a esfincteroplastia anal surge como uma solução eficaz em muitos casos, principalmente quando a causa foi o trauma aos músculos do esfincter anal.

Foto: divulgação

 

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Dicas para o pós-operatório

O sucesso da esfincteroplastia depende não apenas da técnica cirúrgica, mas também dos cuidados pós-operatórios. Algumas recomendações incluem:

  1. Manter uma dieta rica em fibras: Para evitar constipação e facilitar o trânsito intestinal.
  2. Hidratação adequada: Beber bastante água ajuda a manter as fezes macias.
  3. Evitar esforços: É fundamental evitar atividades que aumentem a pressão abdominal nas primeiras semanas.
  4. Acompanhamento médico regular: Monitoramento para prevenir e tratar possíveis complicações.

O manejo cuidadoso após a cirurgia é essencial para otimizar os resultados.

 

Alternativas à esfincteroplastia

Para casos em que a esfincteroplastia não é indicada, existem outras opções de tratamento para a incontinência fecal, como:

   

  • Irrigação transanal: lavagens que permitem retirar o conteúdo retal
  • Fisioterapia: Melhora da função dos músculos através de diferentes técnicas
  • Neuromodulação sacral: Técnica minimamente invasiva onde implantamos um marcapasso, que ajuda a melhorar o controle esfincteriano pela ativação de neurônios corticais

A escolha do tratamento deve ser individualizada, considerando as características e necessidades de cada paciente.

A esfincteroplastia anal é uma solução eficiente e segura para pacientes que sofrem com incontinência fecal devido a falhas musculares detectáveis. Como destaca a Dra. Lucia de Oliveira, “essa técnica, quando bem indicada, restaura não apenas o controle fecal, mas também a confiança e a qualidade de vida dos pacientes”. Com o avanço das técnicas cirúrgicas e um manejo pós-operatório cuidadoso, as perspectivas são cada vez mais promissoras para quem busca uma vida sem limitações.

Se você ou alguém que você conhece enfrenta problemas relacionados à incontinência fecal, consulte um coloproctologista especializado para avaliar a possibilidade da esfincteroplastia ou outros tratamentos disponíveis.

Perguntas Frequentes (FAQ)

  1. O que é esfincteroplastia anal?
    É uma cirurgia para reparar o músculo esfíncter anal e restaurar a anatomia
  2. Quais são as principais causas de incontinência fecal?
    Traumas obstétricos, cirurgias anteriores, doenças neurológicas, diabetes
  3. Quem pode fazer esfincteroplastia?
    Pacientes com lesões esfincterianas detectáveis por exames e que necessitem correção da anatomia
  4. A cirurgia é definitiva?
    Ela oferece bons resultados, mas em alguns casos, a incontinência pode retornar com o tempo.
  5. Quais são os cuidados pós-operatórios?
    Dieta rica em fibras, hidratação, evitar a constipação, cuidados locais com a ferida
  6. A cirurgia dói?
    Com o manejo adequado da dor, o desconforto é controlável no pós-operatório.
  7. É necessário internação?
    Sim, geralmente o paciente fica internado por um curto período para monitoramento inicial.
  8. Quais são os riscos da esfincteroplastia?
    Infecção, dificuldades na cicatrização e, raramente, falha no reparo.
  9. Existe idade mínima para realizar a cirurgia?
    Não há idade mínima, mas é indicada principalmente para indivíduos com menos de 60 anos
  10. A esfincteroplastia pode ser repetida?
    Sim, em alguns casos, mas a melhor opção após a correção da anatomia é a neuromodulação
  11. O que acontece se a incontinência não for tratada?
    Pode haver piora dos sintomas, além de impacto na qualidade de vida e na saúde mental.
  12. Quais exames são feitos antes da cirurgia?
    Ultrassonografia endoanal, manometria anorretal e avaliação clínica detalhada.

 

 





Dra Lucia de Oliveira – Coloproctologia Rio de Janeiro

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