A Prefeitura de Belo Horizonte trabalha para ampliar o cuidado com a comunidade escolar ao incluir nas ações da Secretaria Municipal de Educação (Smed) pais e responsáveis pelos estudantes da educação especial. Um exemplo é o projeto Cidadaniar, desenvolvido na Escola Municipal Santo Antônio, região Centro-Sul, que tem promovido uma série de encontros voltados à orientação sobre direitos sociais e valorização da autonomia dos familiares.
A iniciativa foi criada pela equipe do Programa de Atendimento à Saúde (PAS) da escola, composta pela assistente social Vanessa Quintanilha e pelo psicólogo João Felipe Gonçalves. O objetivo é transformar o tempo em que os acompanhantes permanecem na unidade em momentos de aprendizado e troca, ampliando o vínculo com a escola.
As atividades começaram em maio, mês das mães, com duas palestras. O encontro “Desafios das mulheres no Século XXI” foi ministrado pela ginecologista Diene Seixas e abordou as armadilhas da comparação com outras mulheres e a necessidade de olhar e cuidar mais de si mesma. O encontro seguinte foi com a dermatologista Camila Catizani, sobre “Práticas de Autocuidado das mulheres no dia a dia”.
No terceiro encontro, em julho, a ginecologista Diene Seixas retornou para abordar um tema que foi muito solicitado pelas mães: a menopausa. Ao longo da roda de conversa, realizada na biblioteca da escola, as mães discutiram, em conjunto à profissional, mitos e verdades sobre a menopausa, a importância da alimentação saudável e do exercício físico, além de informações sobre tratamentos.
Neste mês de setembro, o encontro tratou dos direitos das pessoas com deficiência, com a participação do defensor público, Luis Renato Braga Arêas Pinheiro, e da técnica do INSS, Júnia Guedes Machado, que apresentou informações sobre benefícios previdenciários.
O defensor público falou sobre “A efetivação dos direitos das pessoas com deficiência: desafios e perspectivas na atuação da Defensoria Pública”. E a representante do INSS demonstrou como solicitar benefícios previdenciários para pessoas com deficiência.
“Muitos sabiam o básico dos direitos, mas não entendiam como exercer isso ou se sentiam incapazes. O Projeto PAS, junto à psicologia e ao serviço social, busca proporcionar a autonomia desses familiares. A partir das palestras, notamos que a participação da comunidade escolar aumentou. Além disso, eles estão falando e questionando mais agora”, destaca Vanessa Quintanilha.
